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VÍDEO: MOMENTO QUE POLICIAL E BALEADO NA CABEÇA DURANTE RESISTÊNCIA DE SUSPEITO.


Um vídeo, que viralizou nas redes sociais, mostra o momento exato em que o cabo da Polícia Militar Alexandro Aparecido dos Santos, de 36 anos, foi baleado e morto durante uma abordagem policial, no bairro Novo Horizonte, em Rio Branco, na segunda-feira (15).
No primeiro momento, a PM informou que Kennedy Silva Magalhães teria roubado a arma do cabo e atirado contra ele. Porém, a defesa do acusado nega e diz que vai usar o vídeo a favor de Magalhães.
No vídeo em que o G1 teve acesso, é possível ver quando os policiais abordam Magalhães e o momento em que reage e tenta fugir. Em seguida, inicia-se um tumulto com os PMs e é possível ver que o cabo Santos cai, mas não aparece quem atirou. A arma, em seguida, é jogada próximo ao corpo do PM.
O advogado de defesa do acusado, Romano Gouveia, diz que as imagens foram feitas pela família do preso e vazaram na internet. Segundo ele, o vídeo foi apresentado em juízo e vai compor a defesa de Magalhães.
"Vamos requerer a perícia e vamos ver se há resquício de pólvora na mão do Kennedy. Porque o que fica claro é que houve um tumulto. Totalmente diferente da primeira acepção da polícia, que alega que ele roubou e atirou contra o PM", diz.
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PM é do Terceiro Batalhão e ingressou na PM em 2009, diz PM (Foto: Divulgação/PM)
PM é do Terceiro Batalhão e ingressou na PM em
2009, diz PM (Foto: Divulgação/PM)
Gouveia também revela que o fechamento do inquérito da ocorrência se deu às 22h30 e contesta a demora do procedimento.
O assessor da PM, Felipe Russo, contesta a versão da defesa e garante que o tiro foi efetuado por Magalhães. "Ainda não foi feito um trabalho para confirmar se foi de um PM ou do acusado. Mas, temos convicção de que não foi um PM e o rapaz, inclusive, assumiu que disparou. Isso é uma falácia, um boato que estão inventando para tirar a responsabilidade dele e a gente repudia veemente. Estamos convictos que ele efetuou esse disparo, a arma saiu da mão dele", garante.
O comandante da PM, coronel Júlio César, acompanhou o velório do cabo e disse que não cogita erro da PM. "A principio, não vemos erro, vimos a ação de um criminoso. Fazemos milhares de abordagens e essa é a primeira vez que isso acontece no meu comando. Ele terá a honra de um herói, que saiu para defender a sociedade e não retornou com vida", finaliza.
Acusado teria oficializado denúncia contra PMs
O advogado Gouveia, que defende Magalhães, diz ainda que a família alega que o acusado sofria perseguição e agressão por parte de alguns policiais militares. A defesa diz ainda que os policiais foram até casa de Magalhães porque seu pai iria para um audiência na corregedoria.

"Ele [acusado) trabalha, tem carteira assinada, mas é dependente químico. A família alega que outros PMs agrediram ele e o perseguiam. Tanto que um senhor que trabalha na corregedoria aparece no vídeo porque foi intimar o pai do Kennedy a comparecer na audiência", diz.
A defesa diz ainda que o acusado, apesar de ter problemas com droga, não trafica entorpecentes. "Mas, lembramos que a lei difere o usuário do traficante. Os usuários são escravos do vício e a sociedade deve combater os tubarões do tráfico", destaca.
O capitão Felipe Russo, da PM, confirmou a denúncia na corregedoria, mas fez questão de ressaltar que o cabo morto não estava envolvido neste episódio. "Outra guarnição foi alvo de denúncias, mas são fatos que policias que trabalham certo estão suscetíveis", explica.
Pm foi morto durante abordagem policial em Rio Branco  (Foto: Lília Camargo/Arquivo pessoal )Pm foi morto durante abordagem policial em Rio Branco (Foto: Lília Camargo/Arquivo pessoal )
Entenda o caso
O cabo Alexandro Aparecido dos Santos, de 36 anos, da Polícia Militar (PM) foi morto com um tiro no pescoço durante uma abordagem a três pessoas no bairro Novo Horizonte, em Rio Branco. Um dos homens que foi abordado reagiu à ação, iniciou uma luta com policiais, conseguiu pegar uma das armas a acabou dando um tiro que vitimou o PM.

A polícia informou que dois dos envolvidos foram presos no momento da ocorrência, incluindo o que efetuou o disparo. O terceiro homem conseguiu fugir do local. Ao reconhecer o corpo do marido no Instituto Médico Legal (IML) a mulher do cabo, Nara Aline Santos, de 25 anos, passou mal.
A Polícia Militar divulgou uma nota lamentando o ocorrido. "Em solidariedade à família, amigos e integrantes da corporação, o governo do Acre publicou nota de pesar pela morte do PM. O governo ressalta que o policial foi morto durante o exercício da profissão e combatendo a criminalidade.
O documento diz ainda que o PM possuía conduta ilibada e nunca houve processo contra ele na corregedoria da instituição. "A sociedade acreana perde um defensor da ordem pública que, na condição de policial militar, lutou até o fim contra a criminalidade", finaliza a nota.
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Tumulto durante abordagem terminou com a morte do PM (Foto: Reprodução)Tumulto durante abordagem terminou com a morte do PM (Foto: Reprodução)
Fonte: G1

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