Por 3 votos a 0, desembargadores do Tribunal Regional Federal da 4.ª Região, em Porto Alegre impuseram ao ex-presidente 12 anos e 1 mês de prisão em regime fechado pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro no caso tríplex.
Os desembargadores do Tribunal Regional Federal da 4.ª Região
(TRF-4) condenaram o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva nesta
quarta-feira, 24, no caso triplex. Esta é a maior derrota de Lula na Operação
Lava Jato.
Em julho do ano passado, o ex-presidente havia sido condenado pelo juiz federal Sérgio Moro,
na 1.ª instância, a nove anos e seis meses de prisão por corrupção e lavagem de
dinheiro. A sentença do magistrado foi analisada pelo Tribunal da Lava Jato nesta
quarta.
O desembargador João Pedro Gebran Neto, primeiro a votar, aumentou a condenação do ex-presidente por corrupção e
lavagem de dinheiro para 12 anos e 1 mês de prisão em regime fechado.
O desembargador Leandro Paulsen, segundo a votar, acompanhou Gebran
Neto, e também deu 12 anos e 1 mês de prisão em regime fechado para o petista.
O desembargador Victor Laus foi o último a votar.
Esta foi a 24.ª apelação julgada pela Corte federal contra sentenças da
Operação Lava Jato. A condenação de Lula chegou ao Tribunal em 23 de agosto do ano passado.
Além de Lula, recorreram da sentença de Moro o ex-presidente da OAS,
José Adelmário Pinheiro Filho – condenado a 10 anos e 8 meses de prisão -, o
ex-diretor da empreiteira, Agenor Franklin Magalhães Medeiros (6 anos), e o
ex-presidente do Instituto Lula Paulo Okamotto, absolvido em primeira
instância, mas que requer troca dos fundamentos da sentença.
O Ministério Público Federal recorreu da absolvição em primeira
instância de três executivos da OAS: Paulo Roberto Valente Gordilho, Roberto
Moreira Ferreira e Fábio Hori Yonamine.
A denúncia da força-tarefa da Lava Jato atribuiu a Lula a lavagem
de R$ 2,2 milhões. O valor corresponde ao triplex e suas respectivas
reformas no condomínio Solaris, no Guarujá, supostamente custeadas pela
empreiteira OAS. O processo envolveu o suposto favorecimento da construtora em
contratos com a Petrobrás.
Lula sempre negou categoricamente que houvesse aceitado o imóvel da
empreiteira e apelou por sua absolvição. A defesa tem reiterado que o petista é
vítima de lawfare, o uso indevido de recursos jurídicos para fins de perseguição
política.
0 comentários :
Postar um comentário