O que moveu Jesus, e o
incentivou até o fim de sua jornada aqui, era saber que o seu lugar à mesa
estaria a sua espera após sua passagem pelo mundo.
O que é mais relevante ao
verbo encarnado? O que se encontra sobre a mesa, ou com quem se compartilha a
mesa?
A sua motivação em continuar e
concluir o propósito era saber que ao término, estaria em um lugar especial,
com pessoas especiais.
Será que tenho um lugar
garantido nessa mesa? (Essa pergunta ecoa em meu coração enquanto estou na sala
de espera do consultório. Sempre que me encontro com questões difíceis de serem
respondidas automaticamente sou levado a uma sala onde sou interrogado sobre
minhas motivações.)
Tenho que fazer alguma coisa
para entrar nesse “grupão da mesa grande”?
Me sinto muito incomodado
quando estou em uma roda de pessoas, e não consigo me sentir á vontade no meio
delas, ou quando não sou aceito por elas. Não é nenhum pouco confortável se
encontrar em situações como essas. Tenho plena convicção de que no “grupão
da mesa grande” vamos nos sentir tão à vontades, e nos identificaremos de
uma forma tão inefável que a única maneira de compreender isso será sendo parte
dele.
É normal as pessoas passarem o
dia trabalhando, ou ocupadas com suas obrigações cotidianas, o que acaba
deixando muitas vezes as refeições serem os momentos onde todos se encontram.
Particularmente prefiro os almoços dos finais de semana. É quando meus pais
estão em casa, e a gente acaba indo almoçar na minha vó, junto com minhas tias,
tios e primos. Gosto do barulho de feira de sábado no almoço, e das risadas que
surgem muitas vezes por lembrarmos de situações constrangedoras do passado.
Assim as refeições se tornam especias.
Tento imaginar Deus, Jesus e o
Espírito Santo na mesa em suas conversas diárias, e nas coisas lindas que Eles
compartilham. Seja lembrando em como foi a criação do mundo, ou no quanto eles
sentem saudades de caminhar com Adão no jardim.
Em uma dessas conversas Eles
percebem que possuem uma mesa muito grande e que nela cabe cerca de 6,1 bilhões
de pessoas.
Deus deseja que façamos
parte dessa mesa, Ele quer compartilhar conosco seus segredos.
Desde a queda de Adão, o
pecado impediu esse contato direto de Deus com o homem gerando assim um abismo
entre ambos. A única maneira desse contato voltar seria através de um
sacrifício puro. Os três entram em um acordo e decidem que Jesus viria ao mundo
e se entregaria para morrer por nós, tornando-se assim o “único caminho” de
acesso ao Pai.
Disse-lhe Jesus: Eu sou o
caminho, e a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai, senão por mim.
– João 14:6
Jesus morreu e ressuscitou,
venceu a morte e subiu aos céus, mas afirmou que não estaríamos mais sós pois o
Espírito Santo estaria conosco sempre.
“E eu rogarei ao Pai, e
ele vos dará outro Consolador, para que fique convosco para sempre.”
– João 14.16
O surreal dessa história toda
é o motivo de terem ocorrido muitas conjunturas marcantes enquanto pessoas
estavam a mesa. José, vendido como escravo pelos seus irmãos para Ismaelitas em
troca de vinte moedas de prata, mais tarde estava sob domínio de Potifar e
quando menos se esperava tornou-se governador do Egito. O que ninguém sabia era
que ele lançaria o perdão sobre seus irmãos após todas a malevolências
cometidas, enquanto estavam à mesa. Pode soar estanho para você, mas Maria,
irmã de Lázaro (um rapaz que foi ressuscitado por Cristo após seu quarto dia de
óbito) lavou os pés de Jesus enquanto ele estava à mesa, e usou os seus cabelos
para secá-los. Uma ceia aconteceu nos últimos instantes de Jesus na terra, era
uma espécie de despedida embolada com um até logo.
Jesus sabia que a mesa não
ficaria mais vazia por muito tempo, logo logo ela estaria repleta de pessoas
especiais, pessoas assim como eu e você.
“Mesmo Deus tendo todo o
universo para si, nada se compara a minha e a sua estada à mesa com Ele. Ele
ama a nossa companhia.”
Autor: Lucas Karantino
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