RONDÔNIA: O Deputado Federal por Rondônia, Expedito Neto (PSD) é um dos parlamentares que mais gastam em todo o Brasil. Em um ano, Expedito Neto gastou R$ 1,52 milhão de verbas públicas, sendo R$ 828.567,78 com publicidade, R$ 409.993,85 com locação de automóveis e mais R$ 104 mil com combustíveis, isso sem contar as despesas com passagens aéreas e custo com o pessoal de gabinete, que não foram computadas.
Ele aparece na oitava posição do ranking dos dez maiores perdulários do dinheiro público na Câmara dos Deputados, que tem ainda quatro deputados de Roraima, dois do Tocantins, dois do Amapá e outro do Maranhão.
Juntos eles receberam e gastaram R$ 15,5 milhões para cobrir despesas atribuídas ao mandato. Os três primeiros – Jhonatan de Jesus (RR), César Halum (TO) e Cléber Verde (MA) – são do mesmo partido, o PRB. Eles gastaram R$ 1,62 milhão, R$ 1,58 milhão e R$ 1,55 milhão, respectivamente.
O recurso utilizado pelos deputados é a Cota para o exercício da atividade parlamentar (Ceap), também conhecida por “cotão”, dinheiro público disponibilizado mensalmente a cada deputado e que pode chegar a R$ 45,6 mil, a depender o estado de origem do político. Para receber o recurso é preciso apenas que o parlamentar apresente o comprovante das despesas e assine um termo de responsabilidade.
Investigado
O Deputado Rondoniense Expedito Neto já responde desde 2016 a uma acusação feita pelo Ministério Público Federal por fraude no uso de verbas do gabinete. A denúncia feita pelo Ministério Público Federal foi encaminhada ao Ministro Gilmar Mendes, relator do processo. A acusação é de peculato e outros crimes eventualmente ligados, os quais estariam sendo cometidos desde fevereiro de 2.015.
Segundo a denúncia, o deputado federal rondoniense teria utilizado a cota parlamentar para locar veículos que, na realidade, estaria adquirindo ou seriam de propriedade sua, além de outros de pessoas de sua família. O MPF juntou à denúncia documentos de fontes públicas que reforçam a suspeita.
O Ministro Gilmar Mendes acatou a representação e determinou a instauração do inquérito que apura os fatos, conforme despacho assinado no dia 25 de agosto de 2.016.
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