A recente mudança no modelo de atendimento da Polícia Civil de Rondônia, com a criação da Central de Atendimento de Urgência (CAU) em Guajará-Mirim, tem gerado preocupações entre os moradores de Nova Mamoré.
A partir de outubro de 2024, a UNISP de Nova Mamoré foi desautorizada a receber ocorrências policiais em casos de flagrante, mandados de prisão e medidas protetivas, que agora devem ser encaminhadas para a 1ª Delegacia de Polícia Civil em Guajará-Mirim.
Essa alteração, embora tenha sido criada com o objetivo de melhorar a eficiência e a rapidez no atendimento de casos urgentes, acabou gerando um sentimento de insegurança entre os habitantes de Nova Mamoré.
Um dos principais motivos de preocupação é o fato de que, sempre que há uma ocorrência complexa na cidade, como um flagrante ou a execução de um mandado de prisão, a única guarnição da polícia militar disponível precisa se deslocar até Guajará-Mirim, deixando Nova Mamoré sem policiamento durante o período.
Policiais militares de Nova Mamoré relataram que, em alguns casos, acabam permanecendo até quatro horas em Guajará-Mirim para dar andamento às ocorrências, devido à nova exigência de encaminhar casos de flagrante e mandados de prisão à 1ª Delegacia de Polícia Civil da cidade vizinha.
Esse longo período de ausência agrava ainda mais a situação de segurança em Nova Mamoré, já que a cidade conta com apenas uma guarnição de plantão, deixando a população desprotegida durante o deslocamento e o tempo necessário para a conclusão dos procedimentos policiais.
Moradores de Nova Mamoré manifestaram seu descontentamento com a nova dinâmica, afirmando que a ausência de guarnições policiais em determinados momentos pode tornar a cidade mais vulnerável a crimes. "Cada vez que a viatura se desloca para Guajará-Mirim, ficamos sem proteção. Isso pode incentivar criminosos a agir, sabendo que o tempo de resposta será muito maior", afirmou um morador local que preferiu não se identificar.
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